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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Complexidade da Simplicidade

Este é o poema que dá nome ao blog. Ele foi escrito em uma noite de sexta-feira de 2006. Lembro-me de estar numa sala escura, com muitas pessoas, muito barulho e, no entanto, me sentia só. É um poema simples, sem pretensão literária nenhuma, mas que serviu de start para uma engrenagem que ganhou força e modificou o eixo da minha vida.




Complexidade da Simplicidade

O que eu faço?
Em que me transformo?
O que realmente quero?
Mundo? Não.
Vida eterna? Não.
O que quero está mais próximo.
O que quero está aqui.
O que quero jamais vou conseguir.

Não quero falsidade,
Não quero embalagem.

Quero você.
Mas você não me quer.
E o que eu vou fazer?
Já mais não posso.
Já mais não quero.
Quero.
Por que faz assim comigo?
Eu te amo.

Não é embalagem,
Não é falsidade.

Não me trate mal!
Não faça assim!
Não tem esse direito!
Eu perdi.
Mesmo que vença, perdi.
Perdi o que poderia ter sido
E agora jamais será.
Mesmo que vença, perdi!
E você se importa?
Você nunca se importa.

Não quero embalagem,
Não quero falsidade.

A dor é grande?
Meu peito é maior.
Vou suportar, mas não queria te amar.

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