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terça-feira, 2 de abril de 2019

Mãe

Sou filho de uma heroína.
Minha mãe, Cleusa, é dessas mulheres que abdicaram da própria vida para cuidar dos filhos. Ela, a vida inteira, levantava antes do sol raiar e ia dormir depois da meia noite. Acordava no final da madrugada pra fazer café pro meu pai e para os filhos, ia trabalhar no outro lado da cidade, voltava para fazer o almoço e depois ia trabalhar do outro lado da cidade mais uma vez: sempre andando, tanto fazia se o sol estivesse escaldante ou ameno, se estivesse calor ou frio, chovendo ou não. 
Sua jornada era tripla, quádrupla, quint única pla. Na maioria das minhas memórias, minha mãe sempre está com a barriga molhada lavando roupa, cozinhando, varrendo, passando, limpando ou arrumando: não é fácil lavar, passar e cuidar de seis pessoas - e ela só pôde ter um tanquinho depois de quase 15 anos de casamento.
Mesmo assim sempre arrumou tempo para ser uma mãe presente, carinhosa e que cuidava de cada aspecto da vida de cada filho. Ela verificava se o banho estava bem tomado, se as unhas e o cabelo estavam cortados, encapava os cadernos e livros, jamais faltou em uma única reunião de escola sequer.
Nesse percurso, sofreu e enfrentou dificuldades grandes demais. E foi no amor incondicional aos filhos que encontrou forças para resistir e seguir. 
Minha mãe me ensinou o que é ter dignidade, honestidade, humildade, solidariedade, consciência política e amor. Me ensinou que o profundo sentido da vida é amar e servir, e o fez sendo meu exemplo.
GRATIDÃO, mãe. Por tudo. Por cada noite mal dormida, por todas os sacrifícios que a senhora fez pra poupar a mim e a todos. Nunca vou conseguir retribuir nem um milésimo de todo amor, mas vou tentar sempre. Reconheço, valorizo e enalteço TUDO.
GRATIDÃO, Deus, por me dar e ter ao meu lado essa mulher tão iluminada e carinhosa, e poder chamá-la de MÃE.


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